segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mar de dias



Engolindo os nós da garganta, e o pouco de orgulho que me resta, eu digo que ainda amo cada ponto seu. Que ainda sinto o frio na barriga, o medo, o vento sem muita direção quando me deparo com a calmaria ou com os fogos daqueles dias. Ainda tenho idéias e planos. Ainda componho pequenas canções para mostrar pra você, e toco os mesmos improvisos pra fingir ter um pequeno dejavu. Ainda lembro das suas cores, do cheiro do ar e do mar no primeiro dia. Ainda acredito em coisas melhores do que as que ja vi, ainda gosto da mudança e me preocupo com as pessoas. Quero que a noite chegue, que a manhã apareça e agente ainda esteja ali. Quero crescer, aprender, quero um pouco mais de tudo. Penso em escutar o que tem a me dizer, sobre você, sobre o que pensou durante o dia. E levar os nossos pensamentos, as nossas musicas e os nossos corpos para um mergulho. Levar as nossas palavras, o nosso silêncio para um lanche na beira do mar. Ainda quero mais um dia de calma, de alegria, mais um café da manhã com torta de banana e todas as milhares de sensações de estarmos por aí e podermos nos encontrar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A tempo

Em segundos as idéias mudam, os arrependimentos batem
E em pouco tempo temos a possibilidade de voltar atras
Mudar tudo, o mundo, a vida daqui pra frente

E tudo estará diferente, mesmo que você não mude essas coisas
Tudo estará mais entregue
Tudo virá de forma mais sincera

Pouco temos a perder, pouco temos que deixar partir
Basta abraçar tudo bem apertado
Não deixe nada escapar, a não ser as palavras, os abraços e os beijos

Encoste suas mãos no chão, e se tiver que se molhar, se molhe!
Mas não deixe os pés no chão por muito tempo, um raio pode cair

Respire mais forte, mesmo sem querer isso vai acontecer
E se o coração disparar, é o medo, é a paixão acordando

Se você ainda for um ser humano você vai sentir

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Intensidade

O que é a vida senão a possibilidade de fazermos algo mais intenso. Algo de melhor do que temos visto. O que mais pode ser, a não ser a explosão de toda sinceridade que há em nós. E a força que às vezes temos que fazer para nos mantermos intensamente vivos.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Have A Nice Day

Crie coragem suficiente para conhecer um lugar completamente novo. Cores e movimentos desenhando todas as expressões: sinceridade, tranquilidade, suavidade. Entenda que enquanto você se move encontra novos ângulos, novos significados. Sente-se na almofada comigo e encontre aqui a simplicidade. E acredite que no final do dia você conheceu tudo o que havia de melhor. É fácil perceber que esse vento é de felicidade.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sete dias


Em sete dias pensei em não pensar em você. Pensei em não querer ou desejar alguém como você. Te conheci, olhei rapidamente. Então olhei um pouco mais, mais demoradamente, mais cuidadosamente. Tentei não pensar em muitas coisas. Relutei ao aceitar uma carona, e por pouco tempo decidi te entender, escutar sua voz um pouco mais.Senti frio, nervosísmo, tranquilidade. E concordamos em sentirmos medo. Em sete dias, pensei em você, no pouco tempo, em contradição com aquela agonizante calmaria. Entendi, e senti na pele as minhas proprias projeções. Uma apaixonante corrente de ventos por todos o lados. Que me desorientaram e não me deixaram entender mais nada a minha volta. Tentei tomar por poucas vezes o controle. Mas passei a amar cada ponto seu, cada movimento e os seus talentos. E tudo que eu posso aceitar, é que seja o que for de nós, do tempo que ganharmos ou perdermos, eu não posso controlar mais isso. Em sete dias eu senti tudo, do vazio à explosão de fogos de artifício. Num desenfreado movimento de tudo que existe em mim, tive medo, desespero, por pensar em perder a minha calma, o meu amor tão inesperado.
Sete dias, silêncio, e milhares de sensações.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Charlie Winston - In Your Hands

Tudo parece vibrar tão alto e sincronicamente que não é preciso abrir os olhos para ver. Cada ponto representando uma quantidade intensa de pensamentos. E se você se desprender, vai amar, amar, encontrar todos os seus pontos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Montanha, para não dizer


Depois da calmaria, quando você se depara com a queda de uma montanha russa, mil coisas acontecem na sua cabeça e com seu corpo. A velocidade é maior, muito maior que imaginava, e é impossível controlar os seus movimentos, as mãos, a voz. As vezes a gente até se desespera. Mas quando tudo para, e de repente tudo se esvai da mente, é impossível explicar, ou tentar entender muitas coisas que aconteceram. A gente não tem mais muito em que pensar, porque praticamente não há movimento, não tem mais velocidade. Quase nada tem muito significado. E a gente vai em busca de outros bons motivos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

"trust me"

O som como o de uma vitrola. Reproduz o ambiente, talvez a sinceridade. Faz-me perceber que repito palavras fundadas na minha certeza e na minha inovação, e que elas podem não ter o mesmo valor daqui pouco tempo. Nada disso importa senão a própria vida, pura, serena e sem pechas.

domingo, 8 de março de 2009

So What

Tão completo quanto deve ser qualquer expressão. Postura, fibra, decisão. Deixar o que é, ser. Pisar com toda sola do pé, e as vezes apenas com as pontas. Desprender-se do chão ou encostar-me inteiro nele.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

José González - Heartbeats Live

A reunião do que é igual à uma única vista, e diverso à duas. A explicitação da liberdade. Uma demonstração de desprender-se para compreender que a vida é intensa e importante. A velocidade e a calma em convivência. A quantidade enérgica, e a beleza.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Adele - Hometown Glory

Além da voz. Além de todo movimento que a música traz revelado aos poucos, e de todo envolvimento. Perceba o ambiente que abarca o principal. O cenário, as luzes em torno de qualquer importancia. As luvas azuis, o piano, as mãos, a composição dos rostos e as formas com que se completam as expressões.

Sliimy - Close&Open

Uma forma de ver que representa a diferença. A mudança que deve ser reconhecida. De olhos abertos vigiamos, comprovamos e somos invadidos por toda constituição de cores. De olhos fechados entendemos, nos reconhecemos e decidimos continuar vivendo o lado bom, e apenas ele!