
Engolindo os nós da garganta, e o pouco de orgulho que me resta, eu digo que ainda amo cada ponto seu. Que ainda sinto o frio na barriga, o medo, o vento sem muita direção quando me deparo com a calmaria ou com os fogos daqueles dias. Ainda tenho idéias e planos. Ainda componho pequenas canções para mostrar pra você, e toco os mesmos improvisos pra fingir ter um pequeno dejavu. Ainda lembro das suas cores, do cheiro do ar e do mar no primeiro dia. Ainda acredito em coisas melhores do que as que ja vi, ainda gosto da mudança e me preocupo com as pessoas. Quero que a noite chegue, que a manhã apareça e agente ainda esteja ali. Quero crescer, aprender, quero um pouco mais de tudo. Penso em escutar o que tem a me dizer, sobre você, sobre o que pensou durante o dia. E levar os nossos pensamentos, as nossas musicas e os nossos corpos para um mergulho. Levar as nossas palavras, o nosso silêncio para um lanche na beira do mar. Ainda quero mais um dia de calma, de alegria, mais um café da manhã com torta de banana e todas as milhares de sensações de estarmos por aí e podermos nos encontrar.